quinta-feira, 18 de agosto de 2016

5 passos para saber se é melhor terminar ou não o relacionamento

Cátia Damasceno, especialista em relacionamento, conta o que deve ser analisado antes de tomar esta decisão

Quando uma separação é definida, o amor já acabou há muito tempo. É o que explica a coach de relacionamento Cátia Damasceno, criadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas, no qual promove um ambiente em que as mulheres possam se sentir realizadas na vida profissional, amorosa, sexual e familiar. Mais do que especialista, Cátia é fisioterapeuta especializada em uroginecologia e já passou pela experiência do divórcio. “Foi doloroso, mas necessário”, conta, alertando que as dificuldades podem ser amenizadas caso a decisão seja feita com cuidado e sem precipitação. “É preciso responder a cinco perguntas essenciais para definir o fim de um relacionamento”, conta a especialista.
1- Você pensa em se separar mesmo quando está de “cabeça fria”?
Em uma briga ou discussão, é possível que alguém queira ir embora e sinta o desejo de nunca mais ver o parceiro. “Existe uma grande diferença entre dizer da boca pra fora que você quer ir embora, depois de uma discussão, e ainda pensar seriamente neste assunto no dia seguinte”, conta a especialista. Cátia destaca que discussões não são saudáveis em um relacionamento, mas nem sempre indicam a necessidade de separação. “Questione-se sobre os motivos que levam às discussões e pergunte-se como pode impedir que outras aconteçam”, sugere.
2- Seu relacionamento restringe ou impede suas realizações?
Cátia Damasceno destaca que muitas mulheres não encontram no marido alguém que apoia seus sonhos pessoais ou profissionais. “Um casamento feliz precisa ser feliz para os dois, e não para só uma pessoa”, explica. O amor, segundo a especialista, pressupõe o desejo de que a pessoa amada seja feliz da maneira dela, com a profissão ou o estilo de vida que for da sua escolha. “Um casal que conversa sobre os objetivos e chega a um acordo sobre as decisões dificilmente vai ter problemas, ao contrário dos casais em que uma das partes determina sozinha onde viver, quantos filhos ter, entre outras coisas importantes”, reforça.
3- Seu parceiro não divide os mesmos valores que você?
Valores são os conceitos que norteiam a vida de uma pessoa. Segundo Cátia, é importante que um casal tenha os mesmos valores. “É preocupante quando a mulher prefere uma vida tranquila, mesmo que seja com menos dinheiro, enquanto o homem sacrifica qualquer momento para trabalhar e acumular riqueza”, exemplifica. Cátia também destaca que existem casais que preferem diferentes tipos de investimento, e nunca concordam com o que fazer com o dinheiro. “Antes de tomar qualquer decisão, é preciso sentar e conversar profundamente sobre este assunto”, sugere. A coach de relacionamento indica que os casais podem chegar a um acordo diante deste tipo de problema. “Se isso não for possível, talvez seja a hora de dar mais um passo a caminho do divórcio”. 
4- Não há conversas francas entre o casal, especialmente sobre assuntos como sexo e sentimentos?
“Um casal precisa conversar muito”, alerta. A falta de diálogos honestos e livres de amarras são uma das questões mais importantes a se considerar quando se pensa em divórcio. Cátia alerta que não basta conversar sobre as contas e os planos para as férias, mas sobre sexo e sentimentos. “Conversar sobre as preferências na cama, o que agrada e até mesmo fazer provocações sensuais é algo saudável de manter na rotina do casal”, explica, destacando também a importância de falar sobre sentimentos. “Se você não consegue ser sincera com seu marido, ou não se sente à vontade para falar sobre coisas mais profundas, seu relacionamento com certeza vai enfraquecer bastante”, adverte. 
5- Você não sente mais desejo sexual?
Por fim, Cátia reforça a importância do sexo no relacionamento. “Não é preciso fazer sexo todos os dias, mas se não existe uma frequência que deixa os dois satisfeitos, temos um problema sério”, destaca. A especialista também alerta que existem casais que têm relação sexual, mas não sentem desejo um pelo outro. “Fazer sexo só para cumprir tabela é tão ruim quanto não fazer”, explica. Assim, Cátia indica que vale a pena tentar trazer novidades para apimentar a vida sexual.
Por fim, a especialista sugere que todas estas perguntas sejam pensadas calmamente. “Nenhuma atitude deve ser tomada sem ponderação, mas isso não significa que um casamento ruim precisa ser levado adiante se não fizer os dois felizes”, indica Cátia, sempre positiva quanto ao futuro. “Uma mulher bem resolvida se permite ser feliz e tem a coragem de seguir a vida de separada”, encoraja. “Não é uma questão de declarar guerra aos maridos, mas de deixar claro que toda mulher merece ser feliz por meio de sua própria decisão”.
 Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA - SIGMA SIX COMUNICAÇÃO

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Os riscos por trás da garantia do FGTS para o crédito consignado

A medida provisória (MP) que permite o uso do FGTS para garantir o crédito consignado, foi aprovada pelo Senado Federal. Com isso, o trabalhador do setor privado pode oferecer até 10% do saldo de seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para tomada desse tipo de empréstimo. O texto também permite que o empregado ofereça como garantia nas operações até 100% do valor que foi pago em multa pelo empregador, em caso de demissão sem justa causa.
Contudo, a proposta, que parece ser um benefício para população, esconde alguns problemas, pois é mais uma ferramenta de obtenção de crédito e que pode aumentar os já altos índices de endividamento da população, sem contar dificuldades que poderá gerar a longo prazo.
Muitos trabalhadores que utilizarão essa alternativa de crédito não percebem que o FGTS é uma garantia para o futuro. E por isso, na maioria das vezes, só pode ser usado em situações emergenciais. O FGTS funciona como uma poupança forçada, então, não vejo com bons olhos o uso dos recursos para a amortização de dívidas ou garantir empréstimos. Infelizmente, hoje se vive um momento em que se pensa muito no consumo imediato, deixando de lado projeções da importância de poupar para uma aposentadoria, por exemplo.
Avalio que o trabalhador deve enxergar o fundo como um investimento em longo prazo e respeitar o mesmo. Deve ser encarado como uma reserva estratégica em caso de aposentaria ou demissão. Embora o rendimento seja o menor do mercado, o FGTS é uma forma de forçar o trabalhador a ter uma poupança. As pessoas esquecem a sua finalidade. É um dinheiro que ninguém pega ou penhora. O pensamento sobre o FGTS não deve ser o mesmo que outro investimento.
Assim, atrelá-lo ao crédito consignado é perder garantias, lembrando que a realização dessa obtenção do crédito não deve ser banalizada como ocorre atualmente. Hoje, o número de colaboradores de empresas, aposentados e pensionistas que pedem empréstimos com desconto em folha de pagamento, cresce consideravelmente.
Lógico que os juros abaixo do mercado são interessantes, mas, mesmo com isso se deve ficar atento. Por anos tivemos uma banalização do crédito e, como resultado, os brasileiros estão batendo recordes de inadimplência, por isso, muito cuidado! É importante que os trabalhadores tenham consciência na hora de utilizar essa linha de crédito. Pensando nisso, preparei nove orientações que devem ser levadas em conta:
1.    Antes de tomar qualquer crédito, é importante conhecer a sua real situação financeira, ou seja, fazer um diagnóstico financeiro, descobrindo para onde vai cada centavo do seu dinheiro durante o mês, registrando também as dívidas, caso existam;
  1. É muito importante não permitir que este empréstimo e que os problemas financeiros reflitam em seu desempenho profissional, pois será muito mais complicado pagar as contas sem nenhum salário;
  2. Antes de buscar pelo crédito consignado, é importante tomar consciência que o custo de vida deverá ser reduzido em até 35%, isto porque a prestação deste será retirada diretamente de seu salário ou benefício de aposentadoria;
  3. É muito comum a utilização do crédito consignado para quitação de cheque especial, cartão de crédito e financeiras. Isso é recomendável, porém, a troca simplesmente de um credor por outro, sem descobrir a causa do verdadeiro problema, apenas alimentará o ciclo do endividamento;
  4. A linha de crédito consignado, sem dúvida, se bem utilizada, é importante, mas não pode fazer parte da rotina de um assalariado ou aposentado, visto que sua utilização deve ser pontual para um objetivo relevante;
  5. Tem sido comum o empréstimo do nome a terceiros por parte de aposentados e até mesmo funcionários, mas este procedimento é prejudicial a todos, por isso não deve ser feito;
  6. Caso encontre taxas de juros mais baixas, a portabilidade também deste crédito é necessária. Para os funcionários, o caminho será falar com a área de Recursos Humanos; para os aposentados, as possibilidades são inúmeras, é preciso pesquisar;
  7. Recomendo para quem quer tomar o crédito consignado que, antes mesmo de assinar o contrato com a instituição financeira, faça uma boa reflexão e analise se este valor, que será descontado diretamente no salário ou benefício, não fará falta para os compromissos essenciais mensais;
  8. Para concluir, o mesmo pode, sem dúvida, ser um grande aliado e não há problema se usado como estratégia para sair de linhas de créditos com juros mais altos, para adquirir algo de grande importância ou ainda em uma emergência. Porém, se apenas utilizá-lo de forma não consciente, pode se tornar mais um grande vilão em sua vida.

Fonte: Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira e terapeuta financeiro, presidente Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Alimentação e TPM: como a dieta pode influenciar sobre o período pré menstrual


Dieta equilibrada ajuda a minimizar os sintomas da variação hormonal
Desconforto, irritação, cólicas...qual mulher nunca enfrentou os sintomas clássicos da TPM? Apesar de rotineiro, o período que antecede a menstruação pode causar diversos incômodos físicos e emocionais na ala feminina. Bastante variável, a síndrome pode se apresentar de forma diferente em cada mulher – algumas podem, inclusive, nem sentir os efeitos dessa etapa. Porém, a grande maioria – 80% somente entre as brasileiras – sabe o quanto os sintomas desse período podem atrapalhar a rotina. Ainda que sua ocorrência seja completamente normal e faça parte das manifestações fisiológicas do corpo feminino, algumas medidas podem ser tomadas afim de tornar a convivência com a TPM melhor: um estilo de vida saudável e, sobretudo, a alimentação balanceada podem minimizar os seus efeitos adversos e tornar seus sinais mais brandos.

Gangorra hormonal

Não é invenção do universo feminino – os sintomas típicos dessa síndrome tem razões fisiológicas. Desde o início do ciclo menstrual, que se inicia no primeiro dia de fluxo, os hormônios femininos estrogênio e progesterona tem alterações intensas nos seus níveis, chegando à picos e declínios entre o início e o fim do período. Quando a fase conhecida como TPM se aproxima, esses hormônios chegam ao nível mais baixo de produção, e toda essa “gangorra hormonal” é a responsável pelas variações de humor e sintomas físicos na mulher.
No período que antecede a menstruação, a produção de serotonina também é prejudicada. Esse neurotransmissor – conhecido também como “hormônio do bem estar”, sofre influência direta da baixa dos hormônios sexuais e as consequências são visíveis: a mulher fica emotiva, ansiosa, impaciente e até mesmo depressiva. Além disso, o aumento das prostaglandinas – mediadores químicos dos neurotransmissores – surte efeitos físicos no corpo: presentes em diversas áreas do corpo, inclusive no útero, são eles os responsáveis pelo aumento da sensibilidade nas mamas, dores de cabeça, dores no corpo e as incômodas cólicas.

Tipos e sintomas:

Como a ação desses hormônios difere em cada organismo e até mesmo a cada ciclo, os sinais da TPM costumam variar significativamente em cada mulher. Em vista disso, existe uma classificação dos diferentes tipos de TPM e os sintomas associados, sendo que uma mulher pode apresentar nenhum, alguns ou até mesmo todos eles. Conhecê-los é essencial para que se adote hábitos que ajudem a combater esses efeitos:
  • TPM A – ansiedade: com a queda do estrogênio, o stress fica em alta devido ao aumento do cortisol. É comum que a mulher fica propensa à irritabilidade, tensão e apresente até mesmo dificuldade para se concentrar ou dormir;
  • TPM C – compulsão alimentar: quem sofre desse tipo de TPM costuma apresentar um desejo maior por lanches e guloseimas durante esses dias. Isso acontece porque o organismo apresenta uma necessidade energética maior durante essa fase. Além disso, o “mecanismo de recompensa” do cérebro vai buscar alimentos capazes de suprir essa necessidade da forma mais rápida, através de alimentos de alto índice glicêmico;
  • TPM D – depressão: as mulheres que enfrentam esse tipo de tensão pré menstrual costumam sofrer com a queda da auto estima durante esse período, também se irritam com maior facilidade, ficam pessimistas e podem até mesmo apresentar sintomas depressivos – tudo em decorrência da queda da produção de serotonina;
  • TPM H – inchaço: essa categoria está relacionada ao inchaço acentuado e maior sensibilidade nas mamas e em diversas regiões do corpo. Isso ocorre devido à tendência à maior retenção de líquidos durante esse período, que pode influenciar até mesmo sob o peso;
  • TPM O – outros sintomas: com diversos agentes influenciando no funcionamento do organismo feminino, é comum que sintomas diversos também estejam presentes: enjoos, náuseas, dores pelo corpo, aumento da acne, e até mesmo queda da imunidade são sintomas relacionados que podem tornar esses dias ainda mais árduos.

Cardápio anti-TPM

Apesar de cíclica, a TPM pode ser menos fatídica para as mulheres: um estilo de vida saudável e bons hábitos alimentares são grandes aliados na luta contra este incômodo mensal. De acordo com a nutricionista Sinara Menezes da Nature Center“Mesmo que boa parte dos sintomas sejam resultantes de agentes fisiológicos, é possível preparar o organismo e oferecer, através da alimentação, nutrientes que atenuem a queda de determinadas substâncias, principalmente a serotonina e a endorfina.” – explica. Para a profissional, um cardápio balanceado, rico em determinados micronutrientes pode melhorar tanto aspectos emocionais quanto físicos. Veja quais alimentos não podem faltar nessa dieta:
  • Consuma alimentos de baixo índice glicêmico: esses alimentos são capazes de estabilizar a glicose e fornecer energia de forma mais lenta. Combatem a queda brusca do açúcar no sangue e evitam a fome abrupta que leva àcompulsão alimentar. Consumir grãos como a lentilha, a ervilha e a soja são boas opções de carboidratos complexos com baixo índice glicêmico capazes de prolongar a oferta de glicose no organismo.

  • Aposte nas fibras: cereais como aveia, o arroz integral e o milho beneficiam o trânsito intestinal por possuírem estrutura mais complexa. Ajudam a combater possíveis constipações e inchaços. Além disso, também fornecem energia de forma mais lenta, mantendo a saciedade por mais tempo.

  • Enriqueça seu prato com triptofano: esse agente precursor da serotonina auxilia na produção do hormônio do bem estar, combatendo às crises de depressão e ansiedade. “Invista em alimentos como o salmão, atum, e queijo – além de ricos em triptofano são boas fontes de proteína animal. Porém, também existem opções de origem vegetal como a banana, o abacate e oleaginosas.” – indica Sinara.

  • Invista em hortaliças: esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais importantes para o organismo. Vegetais como a cenoura, a abóbora o brócolis e o espinafre a são ricos em cálcio, magnésio e vitamina A e vitamina B6. Esses minerais e vitaminas normalmente ficam em baixa durante o período menstrual e podem estar associados à diversos males dessa fase;

  • Conte com os antioxidantes: por possuírem propriedades anti-inflamatórias e antienvelhecimento, esses alimentos podem ajudar a minimizar sintomas como inchaço, acne, e alterações de humor.  “O óleo de prímula, o salmão e a linhaça são ótimas fontes de ácidos graxos eficazes no combate a diversos males do organismo.”

  • Hidrate-se adequadamente: tanto para evitar o inchaço, quanto para auxiliar na digestão das fibras presentes na alimentação. É importante hidratar-se regularmente ao longo do dia, evitando beber muito líquido após as refeições. Como o corpo está em trabalho intenso, é importante redobrar o cuidado com a ingestão de líquidos, optando pelas bebidas mais leves como água de coco, chás relaxantes e, indispensavelmente, a própria água;

O que evitar

Assim como existem os alimentos que podem funcionar como um “santo remédio”, também tem aqueles que agem como vilões, potencializando os efeitos adversos da TPM. De acordo com a nutricionista é importante evitar alimentos que agravem a sensibilidade do corpo feminino “Alimentos industrializados, frituras e doces possuem alto teor de sódio, gorduras e açúcares que podem aumentar tanto o inchaço quanto fazer de fato, a mulher ganhar mais peso. É preciso tomar muito cuidado com o sal, inclusive nas preparações caseiras. Além disso, deve-se evitar o consumo de bebidas à base de cafeína pois eles podem agravar sintomas como a irritabilidade, dores de cabeça e insônia.” – aponta Sinara.

Chá verde faz mal?

De acordo com a nutricionista, se a mulher fizer uso de chás com alta concentração de cafeína como o chá verde por exemplo, deve consumi-lo em menor quantidade ou optar por alternativas de efeito similar como o chá de hibisco, por exemplo. “A ingestão de qualquer bebida ou suplemento à base de cafeína deve ser moderada, e principalmente evitada no final do dia para não atrapalhar o sono.” – explica.

Chocolate é permitido?

Possivelmente um dos maiores desejos das mulheres durante esse período, a vontade quase incontrolável de comer chocolate está relacionada à queda da serotonina. Esse alimento, além de delicioso, é capaz de estimular a produção desse neurotransmissor. E, de acordo com a nutricionista, apesar de ser um doce, existe uma forma saudável de incluí-lo na dieta: “O ideal é procurar os chocolates com a maior concentração de cacau possível, acima dos 50%. É importante olhar sempre a tabela de ingredientes para garantir que o cacau seja o primeiro ingrediente da lista, o que garante sua alta concentração; e procurar versões com pouca açúcar e gordura.” – aconselha Sinara.

Hábitos indispensáveis

Para finalizar, a profissional aponta que é essencial que a dieta de combate à TPM não seja seguida apenas nos dias em que ela se manifesta. “Manter uma dieta balanceada durante todo o mês é essencial para que os nutrientes surtam efeito e para que o organismo se beneficie da ingestão desses alimentos. Até mesmo porque essa síndrome é cíclica e presente praticamente durante toda a vida reprodutiva feminina.” Da mesma forma, praticar exercícios físicos contribui para a redução dos sintomas e o ganho de qualidade de vida. E o mais importante: o acompanhamento médico regular é indispensável para assegurar a saúde e bem estar da mulher.
Fonte: Nature Center

terça-feira, 19 de julho de 2016

13 motivos que podem levar à justa causa no trabalho

Os empregadores no Brasil sempre ficam com uma preocupação extra quando precisam demitir um funcionário, em função da Justiça Trabalhista ter a fama de ser sempre pró-trabalhador, que por décadas tem sido favorável aos empregados. Com isso, não são raros os casos de ter que suportar situações absurdas dos colaboradores.

Contudo, não se deve levar por preceitos que não são totalmente fieis à realidade, por mais que haja realmente a tendência de favorecimento aos trabalhadores, em casos extremos, os empregadores possuem seus direitos e podem lutar por esses desde que se previnam ao tema.
Pensando nisso, acredito que seja importante aportar que são vários os motivos que podem justificar uma demissão por justa causa. Contudo, antes de qualquer medida é preciso ter em mente que para a aplicação dessa medida extrema é fundamental que sempre se faça comunicado por escrito do ato com cópia e aviso de recebimento, de preferência por telegrama, de modo que o funcionário não gere constrangimento interno se recusando a assinar.
Se for motivo leve, essa advertência deve ocorrer três vezes e, logo em seguida à terceira advertência, a dispensa por justa causa imediata. Se não dispensar imediatamente a Justiça entende que ocorreu o perdão.
Por motivo médio, basta uma advertência e se for motivo grave e comprovado de forma inequívoca a dispensa imediata. Mas, tudo deve ser amplamente comprovado de maneira incontestável. Isto postos, as hipóteses são as seguintes:
  1. Ato de improbidade - é toda ação ou omissão desonesta do empregado, que revelam desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou para outrem. Ex.: furto, adulteração de documentos pessoais ou pertencentes ao empregador, etc.
  2. Incontinência de conduta ou mau procedimento - são duas justas causas semelhantes, mas não são sinônimas. A incontinência revela-se pelos excessos ou imoderações. Ocorre quando o empregado comete ofensa ao pudor, pornografia ou obscenidade, desrespeito aos colegas de trabalho e à empresa. O mau procedimento caracteriza-se com o comportamento incorreto, irregular do empregado, como a prática de discrição pessoal, desrespeito, que ofendam a dignidade, tornando impossível ou sobremaneira onerosa a manutenção do vínculo empregatício.
  3. Negociação habitual - ocorre justa causa se o empregado, sem autorização expressa do empregador, por escrito ou verbalmente, exerce, de forma habitual, atividade concorrente, explorando o mesmo ramo de negócio, ou exerce outra atividade que, embora não concorrente, prejudique o exercício de sua função na empresa.
  4. Condenação criminal – isso ocorre uma vez que, cumprindo pena criminal, o empregado não poderá exercer atividade na empresa. A condenação criminal deve ter passado em julgado, ou seja, não pode ser recorrível.
  5. Desídia - na maioria das vezes, consiste na repetição de pequenas faltas leves, que se vão acumulando até culminar na dispensa do empregado. Isto não quer dizer que uma só falta não possa configurar desídia. São elementos materiais que podem gerar essas faltas: a pouca produção, os atrasos frequentes, as faltas injustificadas ao serviço, a produção imperfeita e outros fatos que prejudicam a empresa e demonstram o desinteresse do empregado pelas suas funções.
  6. Embriaguez habitual ou em serviço - só haverá embriaguez habitual quando o trabalhador substituir a normalidade pela anormalidade, tornando-se um alcoólatra, patológico ou não. Para a configuração da justa causa, é irrelevante o grau de embriaguez e tampouco a sua causa, sendo bastante que o indivíduo se apresente embriagado no serviço ou se embebede no decorrer dele. O álcool é a causa mais frequente da embriaguez. Nada obsta, porém, que esta seja provocada por substâncias de efeitos análogos (psicotrópicos). De qualquer forma, a embriaguez deve ser comprovada por exame médico pericial.
  7. Violação de segredo da empresa - a revelação só caracterizará violação se for feita a terceiro interessado, capaz de causar prejuízo à empresa, ou a possibilidade de causá-lo de maneira apreciável.
  8. Ato de indisciplina ou de insubordinação - tanto na indisciplina como na insubordinação existe atentado a deveres jurídicos assumidos pelo empregado pelo simples fato de sua condição de empregado subordinado. A desobediência a uma ordem específica, verbal ou escrita, constitui ato típico de insubordinação; a desobediência a uma norma genérica constitui ato típico de indisciplina.
  9. Abandono de emprego - a falta injustificada ao serviço por mais de trinta dias faz presumir o abandono do emprego, conforme entendimento jurisprudencial. 
  10. Ofensas físicas - as ofensas físicas constituem falta grave quando têm relação com o vínculo empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora da empresa. As agressões contra terceiros, estranhos à relação empregatícia, por razões alheias à vida empresarial, constituirá justa causa quando se relacionarem ao fato de ocorrerem em serviço. 
  11. Lesões à honra e à boa fama- -são considerados lesivos à honra e à boa fama gestos ou palavras que importem em expor outrem ao desprezo de terceiros ou por qualquer meio magoá-lo em sua dignidade pessoal. Na aplicação da justa causa devem ser observados os hábitos de linguagem no local de trabalho, origem territorial do empregado, ambiente onde a expressão é usada, a forma e o modo em que as palavras foram pronunciadas, grau de educação do empregado e outros elementos que se fizerem necessários.
  12. Jogos de azar – é quando se comprova a prática, por parte do colaborador de jogos no qual o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente de sorte. 
  13. Atos atentatórios à segurança nacional – a prática de atos atentatórios contra a segurança nacional, desde que apurados pelas autoridades administrativas, é motivo justificado para a rescisão contratual.  
Fonte: Gilberto de Jesus da Rocha Bento Júnior é advogado, contabilista e sócio da Bento Jr. Advogados. Especializado em direito tributário, direito empresarial, direito processual, empreendedorismo e direito constitucional.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cérebro de pessoas com transtorno bipolar tem produção de energia prejudicada, afirma artigo da Unesc


 Resultado da pesquisa foi divulgado em revista internacional 

A relação entre a função das mitocôndrias (que produzem energia para todas as atividades das células - presentes em praticamente em todos os animais, plantas, algas, fungos ou protozoários) e o Transtorno Bipolar foi tema de pesquisa realizada por um professor e uma egressa da Unesc. O estudo investigou o papel da função mitocondrial na comunicação entre neurônios que controlam diversas funções cerebrais e o resultado foi divulgado na Neuroscience & Biobehavioral Reviews, uma das mais conceituadas publicações americanas sobre neurociência.

“Esse artigo mostrou que a produção de energia está prejudicada no cérebro das pessoas que têm transtorno bipolar. Ter menos energia no cérebro significa mais chance de perda ou morte de neurônios e outras células que são importantes para o funcionamento normal do cérebro”, explica o professor doutor do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unesc), e um dos autores do artigo, Emilio Streck.

O artigo de revisão sobre Transtorno Bipolar foi publicado para toda a comunidade científica internacional no início de julho e também teve a participação da egressa do curso de Farmácia e do Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde da Unesc, Giselli Scaini e do professor doutor da Unesc, João Quevedo. O estudo teve como coautores pesquisadores importantes no tema como o psiquiatra australiano e professor da Universidade de Melbourne, Michael Berk.

Giselli explica que por ser um artigo de revisão, não foram desenvolvidos estudos experimentais, mas buscas em base de dados, com um levantamento dos trabalhos que evidenciam a função mitocondrial no Transtorno Bipolar.O levantamento foi iniciado no Brasil, mas o artigo foi finalizado e submetido à análise quando Giselli e Quevedo já estavam realizando estudos em Houston, nos Estados Unidos.


Fonte: Professor da Unesc Emílio Streck

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Os riscos por trás da garantia do FGTS para o crédito consignado


A medida provisória (MP) que permite o uso do FGTS para garantir o crédito consignado, foi aprovada pelo Senado por unanimidade na terça-feira (12). Com isso, o trabalhador do setor privado pode oferecer até 10% do saldo de seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para tomada desse tipo de empréstimo. O texto também permite que o empregado ofereça como garantia nas operações até 100% do valor que foi pago em multa pelo empregador, em caso de demissão sem justa causa.
Contudo, a proposta, que parece ser um benefício para população, esconde alguns problemas, pois é mais uma ferramenta de obtenção de crédito e que pode aumentar os já altos índices de endividamento da população, sem contar dificuldades que poderá gerar a longo prazo.
Muitos trabalhadores que utilizarão essa alternativa de crédito não percebem que o FGTS é uma garantia para o futuro. E por isso, na maioria das vezes, só pode ser usado em situações emergenciais. O FGTS funciona como uma poupança forçada, então, não vejo com bons olhos o uso dos recursos para a amortização de dívidas ou garantir empréstimos. Infelizmente, hoje se vive um momento em que se pensa muito no consumo imediato, deixando de lado projeções da importância de poupar para uma aposentadoria, por exemplo.
Avalio que o trabalhador deve enxergar o fundo como um investimento em longo prazo e respeitar o mesmo. Deve ser encarado como uma reserva estratégica em caso de aposentaria ou demissão. Embora o rendimento seja o menor do mercado, o FGTS é uma forma de forçar o trabalhador a ter uma poupança. As pessoas esquecem a sua finalidade. É um dinheiro que ninguém pega ou penhora. O pensamento sobre o FGTS não deve ser o mesmo que outro investimento.
Assim, atrelá-lo ao crédito consignado é perder garantias, lembrando que a realização dessa obtenção do crédito não deve ser banalizada como ocorre atualmente. Hoje, o número de colaboradores de empresas, aposentados e pensionistas que pedem empréstimos com desconto em folha de pagamento, cresce consideravelmente.
Lógico que os juros abaixo do mercado são interessantes, mas, mesmo com isso se deve ficar atento. Por anos tivemos uma banalização do crédito e, como resultado, os brasileiros estão batendo recordes de inadimplência, por isso, muito cuidado! É importante que os trabalhadores tenham consciência na hora de utilizar essa linha de crédito. Pensando nisso, preparei nove orientações que devem ser levadas em conta:
1.    Antes de tomar qualquer crédito, é importante conhecer a sua real situação financeira, ou seja, fazer um diagnóstico financeiro, descobrindo para onde vai cada centavo do seu dinheiro durante o mês, registrando também as dívidas, caso existam;
  1. É muito importante não permitir que este empréstimo e que os problemas financeiros reflitam em seu desempenho profissional, pois será muito mais complicado pagar as contas sem nenhum salário;
  2. Antes de buscar pelo crédito consignado, é importante tomar consciência que o custo de vida deverá ser reduzido em até 35%, isto porque a prestação deste será retirada diretamente de seu salário ou benefício de aposentadoria;
  3. É muito comum a utilização do crédito consignado para quitação de cheque especial, cartão de crédito e financeiras. Isso é recomendável, porém, a troca simplesmente de um credor por outro, sem descobrir a causa do verdadeiro problema, apenas alimentará o ciclo do endividamento;
  4. A linha de crédito consignado, sem dúvida, se bem utilizada, é importante, mas não pode fazer parte da rotina de um assalariado ou aposentado, visto que sua utilização deve ser pontual para um objetivo relevante;
  5. Tem sido comum o empréstimo do nome a terceiros por parte de aposentados e até mesmo funcionários, mas este procedimento é prejudicial a todos, por isso não deve ser feito;
  6. Caso encontre taxas de juros mais baixas, a portabilidade também deste crédito é necessária. Para os funcionários, o caminho será falar com a área de Recursos Humanos; para os aposentados, as possibilidades são inúmeras, é preciso pesquisar;
  7. Recomendo para quem quer tomar o crédito consignado que, antes mesmo de assinar o contrato com a instituição financeira, faça uma boa reflexão e analise se este valor, que será descontado diretamente no salário ou benefício, não fará falta para os compromissos essenciais mensais;
  8. Para concluir, o mesmo pode, sem dúvida, ser um grande aliado e não há problema se usado como estratégia para sair de linhas de créditos com juros mais altos, para adquirir algo de grande importância ou ainda em uma emergência. Porém, se apenas utilizá-lo de forma não consciente, pode se tornar mais um grande vilão em sua vida.

Fonte: Reinaldo Domingos é mestre em Educação Financeira e terapeuta financeiro, presidente Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

“Evoluímos para a cura, mas falta encontrar os pacientes”, afirma especialista em hepatite C

A chance de cura da hepatite C, em diversos públicos, será um dos principais destaques 19ª edição do Hepatologia do Milênio, que será realizado entre os dias 13 e 15 de julho, em Salvador (BA). Durante o encontro, especialistas abordarão as principais questões que envolvem a hepatite C na atualidade, principalmente a partir dos primeiros resultados com os novos tratamentos da doença, que em apenas 12 semanas e com menos efeitos adversos, aumentam a chance de cura para 90%.

“Praticamente um ano após a chegada do novo tratamento para a hepatite C no Brasil, é possível notar que as combinações atuais de tratamento livre de interferon, disponíveis gratuitamente no SUS, alcançam chance de cura superior a 90%, inclusive entre os pacientes cirróticos, que podem ser tratados, curados e, consequentemente, dispensados da fila do transplante. Com isso, a busca pelo paciente, por meio do diagnóstico precoce, é cada vez mais fundamental”, explica a gastroenterologista Maria Lúcia Ferraz, diretora da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH).

A hepatite C

A hepatite C é uma doença contagiosa causada pelo vírus C (VHC). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento ou uso de materiais contaminados como seringas, objetos de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar), alicates de unha, além de outros materiais perfurocortantes usados na confecção de tatuagens e colocação de piercings. O vírus também pode ser transmitido pela via sexual e vertical (de mãe para filho). Estimativas apontam que cerca de 3% da população mundial possa ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas.

Na maioria das vezes a doença é assintomática, mas em alguns casos surgem sintomas como vômitos, náuseas e mal-estar. A prevalência é a mesma entre homens e mulheres, sendo que em pessoas com mais idade a progressão pode ser mais rápida. A ingestão de bebidas alcoólicas também pode acelerar a progressão da hepatite C. O teste para detecção da doença é fácil, rápido, gratuito e está amplamente disponível na rede pública.

Fonte: Tino Comunicação